Acho que até hoje não encontrei nada de perfeito na vida. De repente seje porque nada é estático, logo o que hoje é bom amanhã depois de uma nova experiência já não o é. Até uma das minhas mais recentes descobertas "perfeitas" possui suas variações, por assim dizer, gosta de A-ha, enfim.
Isso para entender que a Biblioteconomia é sim algo maravilhoso, muito mesmo, mas para que ela tenha chegado ao que é hoje, e ao que foi ontem, o tal do dignóstico, projeto e planejamento tiveram que dar muita base estrutural. E é disso que Maria Christina fala em seu livro. Planejamentos de bibliotecas, como o próprio título super explicativo indica.
Sinceramente não é minha área de interesse e nem de afinidade. Há muitos conceitos administrativos que não entendo bem e muito método a ser seguido. Mas não desconsidero que é algo extremamente importante para que existam boas bibliotecas e más também.
Partindo da idéia que nada é perfeito (!), é necessário primeiramente uma avaliação da unidade de informação, e a partir de seus pontos fortes e fracos criar um planejamento que atenda à demanda que ali se encontra. E se a biblioteca não é sua, e se a estrutura financeira e humana não forem depender exclusivamente de você, é evidente que se faz necessário o mínimo de formalidade, um planejamento.
Nesso livro, de uma forma bem didádica, encontramos passo a passo os meios de construção de um bom planejamento condizente com a realidade da biblioteca em questão. Tanto uma que já existe, quanto uma que ainda está na planta.
Aprendi muito com essa leitura, não muito animada admito, principalmente porque não entendo muito desse mundo das decisões gerenciais, das políticas de fundos financeiros, questionários e suas metodologias e muito mais por aí. Mais entendi e gostei das questões que um bom planejamento - e lógico, uma boa aplicação do mesmo - pode contornar e solucionar em nossas, em sua maioria, necessitadas bibliotecas.
A apreensão passeia na preocupação da burocratização que planejamentos e mais planejamentos podem causar. É preciso que esteja bem claro que só eles de nada adiantam.
A Biblioteconomia ainda continua linda para mim. E vamos lá tentar em um semestre fazer um decente planejamento, que venha PSI! ALMEIDA, Maria Christina Barbosa de. Planejamento de bibliotecas e serviços de informação. 2. ed. rev. e ampl. Brasília: Briquet de Lemos, 2005. 144 p.
Um comentário:
Acho que o que fica pra mim dessa leitura, um leigo no mundo da biblioteconomia, é a quebra de tabu.
Seja no planejamento ou no re-planejamento é crucial buscar o perfeito ou que mais se assemelhe. É preocupante quando se estatiza algo sem a reflexão sobre o mesmo. Muitas vezes as pessoas falham por não desconstruir o que já foi estabelecido, desmistificar o "perfeito" ou simplesmente refletir sobre o que é considerado ideal.
Em minha defesa, só tenho a dizer que o sucesso dos noruegueses do A-ha foi comparado ao dos brasilienses da Legião Urbana. E que ambos grupos possuiam as mesmas influências dos anos 70/80.
Tambem gostaria de saber mais sobre as minhas outras variações. =D
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