sábado, 6 de setembro de 2008

mato grosso

Essa, devo admitir, foi uma obra lida mais por obrigação que por escolha.
Esperava algo diferente, não me rendi ao título.
A história de uma amor não sucedido e que não tem grandes diferenças de outros Românticos. A não ser pelo princípio de uma descrição mais real do ambiente, e situações menos fantasiosas.
O interessante é que ela se passa no interior de Mato Grosso, da segunda metade do século XIX, nunca havia lido nada que se passava em tal estado. Também interessante é a escolha que o autor faz de começar cada capítulo com citações de outros famosos autores, que dão ao leitor uma prévia - e até um rumo quanto a interpretação do que está por vim - dos próximos acontecimentos. Pelas notas do livro, percebemos que este autor não cometeu o mesmo erro de Alencar, ele foi de fato ao Mato Grosso conhecer o local, seus costumes e ambiente. Logo, nos sentimos menos bobos.
Ainda não sei bem o que essa obra é, e nem sei se devo saber, dizem que é romântico-realista. Com um fim que não é esteriotipamente "feliz", e nem personagens que mecereçam muitas observações, não foi um livro que me fez refletir, daqueles que você acaba e fica uns segundos olhando para o fim da última página tentando fingir que na primeira leitura algo foi apreendido. Mas tenho certeza que uma certa professora irá "salvar" essa obra para mim. Um livro lido nunca é perdido.
Bom, mas algumas páginas de literatura brasileira - ainda bem que brasileira.
TAUNAY, Alfredo d'Escragnolle. Inocência. 3. ed. São Paulo: FTD, 1996. 196 p.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Desafio II



Sim. Muito ânimo nesse início de semestre.
Não me vejo como uma gerente/diretora de biblioteca, mas achei no mínimo interessante o título do livro. Até porque a Administração me ronda nos últimos tempos. Expressões como "cultura organizacional", "gestão participativa" e "planejamento estratégico" não me causam mais aquela antiga cara feia, que queria dizer tanto desespero quanto ignorância - por mais óbvio que elas pareçam.
O certo é que muito pouco é bem feito quando não planejado, mesmo que por minutos na cabeça de um geniozinho. O importante é o processo de construir uma idéia que tenha meios de chegar ao sucesso, instintivamente ou não.
Nessa obra há algo sempre interessante aos que são da área de Biblioteconomia e aqueles que nem sabem o que é processamento técnico direito: as etapas que um livro passa para chegar à estante, e o meio pelo qual é possível que ele permaneça lá de forma "consumível".
As autoras mostram a cada tópico as atitudes e decisões sugeridas a um gestor de biblioteca, que antes de tudo precisa ser bibliotecário. A administração sozinha pode até dar certo, mas depois de muitos tropeços e experiência no assunto. Aliar nosso conhecimento biblioteconômico e essas - não tão confortáveis - premissas administrativas resultam, em sua maioria, em um bom trabalho.
Acredito que existam pessoas que não precisem ler o óbvio - para elas.
Um bom trabalho, que apenas sugere um caminho a ser seguido dentro de um sistema lindo, que proporciona muito para aqueles que o consomem. Queridas (!) - bem ou não administradas.
MACIEL, Alba Costa; MENDONÇA, Marília Alvarenga Rocha. Bibliotecas como organizações. Rio de Janeiro: Interciência; Niterói: Intertexto, 2006. 94 p.