domingo, 12 de abril de 2009

Nosso desejo

Às vezes parece lindo.

Mas aí tento comparar, e me encontro em uma situação despropositada. Não há o que interpretar! Não estamos mais em uma sala onde esperam que você coloque um xis certo em tudo aquilo que falaram durante meses no seu ouvido. Falaram-me meses, semestres, anos. E depois de tudo isso, eu ainda sinto as paredes da sala a minha volta e... às vezes parece lindo. A minha luta não encontra, ainda, forças inspiradoras nesse mundo. Talvez seja a diferença de autores e autores, mas é sempre um grande exercício caminhar verso por verso. Principalmente quando chego ao final pensando que com certeza deveria ter lido melhor.

“Nosso desejo, de ainda não desejar, não se sabe desejo, e espera.” p. 29


ANDRADE, Carlos Drummond de. A vida passada a limpo: a falta que ama. Rio de Janeiro: Record, 1994. 127 p.

Um comentário:

Luiz Felipe disse...

Acho que não há, nunca, um número mínimo de vezes que pode-se ler um livro realmente bom e não absorver nada de novo.