Ultimamente a poesia vem caindo em minhas mãos. Vindas de vários lugares, alguns tão bons e queridos que nem posso imaginar como contar.
Quintana é um daqueles que sempre ouvir falar, mas nunca tinha conhecido, conversado, discutido e lido. Eis aqui minha primeira obra dele. Que vai a propósito dos próximos acontecimentos da minha vida.
Dessa vez quero escrever alguns de seus poemas, para que eu possa revê-los mais...
Quintana é um daqueles que sempre ouvir falar, mas nunca tinha conhecido, conversado, discutido e lido. Eis aqui minha primeira obra dele. Que vai a propósito dos próximos acontecimentos da minha vida.
Dessa vez quero escrever alguns de seus poemas, para que eu possa revê-los mais...
MEU BONDE PASSA PELO MERCADO
O que há de bom mesmo não está à venda
O que há de bom não custa nada.
Este momento é a flor da eternidade!
Minha alegria aguda até o grito...
Não essa alegria alvar das novelas baratas,
Pois minha alegria inclui também minha tristeza
- a nossa
Tristeza...
Meu companheiro de viagem, sabes?
Todos os bondes vão para o infinito!
Isso tudo me lembrou um certo livro, que dizia que a juventude passa, mas quando o estado de juventude começa a ir embora, algo está errado. Coisas estão mudando conforme a ideologia propõe. É vital que saibamos de nossas alegrias e tristezas, principalmente destas, que devem ser tratadas de perto. Porque nossos bondes vão sempre para o infinito, com o ou sem nossa interpretação bela da racionalidade humana.
AH! ESSES OLHARES...
Ah, esses olhares passeando, incômodas moscas,
Sobre a calma forçada da face dos mortos.
Poupai-me, amigos, tal humilhação
Ou, senão,
Pintai sobre minha face morta,
De orelha a orelha
Em vermelhão
Um silencioso, um debochativo sorriso de clown...
Aí podereis vir todos encarar-me então,
Curiosos, repugnantes vivos.
“Deixa eu brincar de ser feliz”. O bom da poesia é que ela, normalmente, é ágil na questão de te libertar de qualquer interpretação fechada de algo. Mas nada como ler esta e lembrar-se de certos tipos de artistas e sentimentos que ferem e cansam! Viveis, pois artistas!
O LUAR
O luar é a luz do sol que está sonhando...
Minhas saudades vão sonhando junto ao sol. Três meses não são tanta coisa assim, pelo menos para o sol.
QUINTANA, Mário. Preparativos de viagem. 4. ed. São Paulo: Globo, 1997. 133 p.
AH! ESSES OLHARES...
Ah, esses olhares passeando, incômodas moscas,
Sobre a calma forçada da face dos mortos.
Poupai-me, amigos, tal humilhação
Ou, senão,
Pintai sobre minha face morta,
De orelha a orelha
Em vermelhão
Um silencioso, um debochativo sorriso de clown...
Aí podereis vir todos encarar-me então,
Curiosos, repugnantes vivos.
“Deixa eu brincar de ser feliz”. O bom da poesia é que ela, normalmente, é ágil na questão de te libertar de qualquer interpretação fechada de algo. Mas nada como ler esta e lembrar-se de certos tipos de artistas e sentimentos que ferem e cansam! Viveis, pois artistas!
O LUAR
O luar é a luz do sol que está sonhando...
Minhas saudades vão sonhando junto ao sol. Três meses não são tanta coisa assim, pelo menos para o sol.
QUINTANA, Mário. Preparativos de viagem. 4. ed. São Paulo: Globo, 1997. 133 p.
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