Não há como tentar compreender um livro desses sem antes ter contato com todas as referências que ele traz. Desde Goethe até Schopenhauer. Mas mesmo assim ele já algo altamente prazeroso de ser lido.
A arte é um tema muito complexo a ser discutido, porém sua relação com o público e sua “função” perante a humanidade, para mim, não chegam a ser impossíveis de conclusões. E nesse livro a arte dramática é lembrada por sua mais famosa época, a grega. A tragédia e seu coro é algo analisado perante uma ótica ocidental e moderna. Uma análise um tanto apaixonada, de um autor que sugere seu renascimento – sendo ele renascido ou não.
Bom, não diria que apreendi nem 40% da obra, mas que me fez relembrar bons momentos de estudo e conversas, e torná-los mais claros para mim.
A influência de Apolo e Dionísio no teatro é algo que para mim ainda deve ser analisado. O sonho e a realidade sempre devem ser estudados, principalmente quando percebemos que nossa existência está perante uma condição cruel e desalentadora, e que para que possamos viver nela, temos que saber que ela existe, e buscar – por meio de mitos ou não – sermos sinceros no pouco que nos resta de vontade de vivê-la. NIETZSCHE, Friedrich. O nascimento da tragédia ou helenismo e pessimismo. Tradução de J. Guinsburg. São Paulo: Companhia das Letras, 2007. 177 p.
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