quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Idéia, artísta e público



Classe 7 da CDU: Arte. Belas-artes. Recreação. Diversões. Desportos. Especificamente 792: Representação teatral. Teatro.

Bom, na CDU, existe uma classificação que torna o livro que aborda essa temática acessível. Mas e o teatro? Ele é acessível? Ele é de fato produzido? Como? Para quem? Com que verba? Com que tipo de público?

Diferente - isso na minha visão - de outras artes, essa é essencialmente solidária e ao mesmo tempo tão exigente. Solidária pelo espaço que dá a outras formas de manisfestação artística, não só por se boazinha, mas por precisar de fato delas. As plásticas, a arquitetura, a música... Exigente por só conseguir ser completa - ou tentar - quando o público e o artísta fazem ambos seu trabalho, e bem feito. Um espetáculo que não cause uma sequência de percepções construtivas e, portanto, críticas em sua platéia não se vale da maior de suas funções e oportunidades: a construção e a liberdade de se fazer esta.

Um instrumento de cultura mágico - desculpem aos que não gostarem do instrumento, mas, também o entendo assim - que não me deixou escolhas a não ser admirá-lo e tentar ser boa o bastante para usurfruí-lo. E por ser um campo tão vasto e cheio de possibilidades, às vezes eu até me atrevo a tentar mais do que minhas, não tão grandes, pernas possam conseguir. Mas eu abstrai a parte do fracasso. O viver em si e o devir nesse meio, já me torna menos pior.

E quanto a uma frase de Magaldi, a qual ele fala que se todas as salas de teatro fossem fechadas hoje no Brasil não haveria comoção nacional, o último livro postado sobre bibliotecas possui a mesma, com outras palavras, mas com o mesmo sentido. Ou seja, nosso país ainda não percebe a importância cultural artística e informativa na sua formação enquanto ser humano, que pode ou não ser dotado de razão.

MAGALDI, Sábato. Iniciação ao teatro. 7. ed. São Paulo: Ática, 2004. 126 p.

O que será?



Ao final do livro Luis Milanesi escreve:
"(...) o brasileiro tem liberdade de comer, a desgraça é que falta comida. Com informação ocorre o mesmo, devendo ser anexada uma agravante: por vezes a comida é censurada."
Mais uma introdução no assunto biblioteconômico, ou, ao meu ver, assunto essencial a humanidade. E se todas as introduções forem como essa e a de Edson Nery, que venham todas! Cadê? Tem mais??
Bom, um livro pequeninho, mas bem pontual e claro. Aborda as principais dificuldades da área no Brasil, especialmente. E o mais triste de se constatar é que sua publicação foi em 1983, mas continua sendo extremamente atual. A crítica leva o leigo perceber que a Biblioteca está nos porões da iniciativa governamental e privada. E que tudo que alcançamos até hoje no assunto foi por verdadeiros entes perseverantes, que covardemente são contaminados pelo vírus da possibilidade de transformação, de crítica, de construção, de consciência, de atitude, de memória, de prazer e de vários outros "des" que a biblioteca e sua biblioteconomia podem oferecer ao mundo, e oferece, a duras penas.
MILANESI, Luis. O que é biblioteca? São Paulo: Brasiliense, 1983. (Coleção Primeiros Passos, 94.) 107 p.'

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

escolha

A escolha.
A escolha pertence a um caminho cheio de opções, com suas respectivas conseqüências. Que podem ser previstas, na maioria das vezes.
Saber escolher é fundamental, mesmo quando não existem outras opções. Essencial é saber o que você não quer.
Guiomar sempre soube. Viveu, e viveu. Um dia a escolha que ela sempre acreditou que tinha feito corretamente, foi realizada. Sim, porque nem sempre a gente possui o controle ideal para que a escolha se realize.
A escolha. O que é isso? E se o coração vier antes dela? E se uma grande gratidão a persuadir? A nossa escolha caminha com a escolha das pessoas que nos cercam. Aqueles mais sagazes conseguem conciliá-las.
Mas o interessante é quando uma outra pessoa encontra em sua escolha a dela. Aí, bom, aí você corre e tenta ver se a mão e a luva se encaixam.
Eu deleito ao sabor da minha luva.
ASSIS, Machado de. A mão e a luva. São Paulo: Globo, 1997. 107 p. (Obras completas de Machado de Assis).