As leituras que nos, presenteiam com um tapa em nosso ego, são aquelas que mais aprecio. Não que essa tenha me dado um tapa avassalador, mas conseguiu reconsiderar meu conceito sobre o Direito e suas matérias específicas. Especialmente por dois capítulos, que tratam de mostrar ao leitor leigo o que vem a ser essa ciência tão antiga.
Não me culpo muito pelo avesso ao assunto que tinha – e acho que ainda tenho um pouco – já que moro em uma cidade onde uma das coisas mais estudadas-prostitutivamente é o direito. E não com o intuito do saber ou da aprimoração intelectual da coisa, mas com o de passar e passar em um “bom” concurso público. Caso formos para a parte capitalista da vida – aquela que sem uma revolução ou grandes abstenções não podemos fugir – ganhar um salário de cinco dígitos por mês não é tão ruim, mas ter que se abster da vida e de seus interesses próprios para isso não pode virar a regra de uma sociedade. Pois, parece ter virado. Mas não quero entrar nesse mérito – até porque posso me sabotar.
Alguns artigos desse livro me cativaram com descrição de uma face bela do Direito, os princípios de justiça, bom senso, dentre outros. Até porque se alguém se propõe a manusear informações jurídicas, nada mais óbvio que começar a se familiarizar com o assunto. E nessa parte que a leitura não ficou muito crível, já que não tenho muita experiência na área, e mesmo eu sendo um pouco mais cativada em relação ao Direito agora, admito que não é a área que gostaria de trabalhar no futuro.
Sabendo que – como já dito – moro em um lugar em que a probabilidade de se trabalhar com esse tipo de informação na minha área é muito grande, a leitura me pareceu útil e esclarecedora. Embora não tenha sido um dos melhores livros de biblioteconomia que eu já tenha lido.
PASSOS, Edilenice (org.). Informação jurídica: teoria e prática. Brasília: Thesauros, 2004. 237 p.